LA DAHER NA COZINHA A CAMINHO!
Finalmente vai nascer! Depois de quase um ano dedicando quase que todos os meus dias a este projeto, agora ele está em processo de registro na Biblioteca Nacional e será impresso nas próximas semanas. Meu coração está repleto de felicidade e nervosismo. Tenho ficado mais de 15 horas por dia revisando todos os códigos, concordâncias, ortografia, novo acordo ortográfico, Bechara, Cintra, Cunha, ufa! Meu cérebro já está dando um nó, mas quando conversei com a editora e o processo do registro começou, parece que me dei conta do tamanho e da responsabilidade de um projeto como este. Não é só um livro, é um recado que deixamos no mundo, é a nossa língua, nossa moral, nossa ética. Tenho ficado muito ansiosa com isto tudo, mas ao mesmo tempo muito feliz. Espero conseguir tocar alguns ou muitos corações com minhas comidinhas caseiras, que de despretensiosas não têm nada. Elas querem reunir famílias em volta da mesa, abrir sorrisos e inspirar outras pessoas, querem que sobre tempo para amar e não para apressar ainda mais a vida. Para mim cozinhar é um dos mais nobres gestos de amor e cuidado que conheço, uma linda forma de dizer diariamente que amamos o outro. Cozinhar dentro ou fora de casa é um ato de amor e não uma obrigação. Voltando ao nosso rico português, tenho me debruçado dia e noite nas gramáticas e espero que não haja um errinho sequer no livro pois seria a minha maior tristeza. Como não temos dinheiro para pagar um revisor e eu também fiz todo o trabalho sozinha (cozinhei, fotografei, escrevi, editei e diagramei), achamos que este será um risco um tanto nobre já que a conta bancária está mais que esgotada para lançar este projeto. Estou muito aflita mas estamos muito otimistas e de dedos cruzados para que tudo dê certo e o livro fique lindo e encantador. Espero que as pessoas entendam a ousadia de lançar um livro de culinária inteiramente fotográfico. É que eu resolvi falar de amor e fotografia e não ensinar receitas. A sensação é de missão cumprida. Que venham os novos desafios!
No meio de tantas páginas, códigos e receitas, uma das coisas pelas quais tenho mais carinho no livro são as texturas que fotografei especialmente para usar de fundo em algumas páginas. Mencionei vagamente no livro perto das informações de registro e deixei os leitores livres para descobrirem ou não estas informações. Estas texturas levaram ainda mais histórias para cada uma das páginas, e tornaram o livro ainda mais especial e cheio de memórias. Espero que todos se encantem como eu me encantei. A ideia não é se apegar aos objetos mas olhá-los com outros olhos, valorizar as coisas mais simples que estão à nossa volta e que podem trazer um significado grandioso para as nossas vidas.
No meio de tantas páginas, códigos e receitas, uma das coisas pelas quais tenho mais carinho no livro são as texturas que fotografei especialmente para usar de fundo em algumas páginas. Mencionei vagamente no livro perto das informações de registro e deixei os leitores livres para descobrirem ou não estas informações. Estas texturas levaram ainda mais histórias para cada uma das páginas, e tornaram o livro ainda mais especial e cheio de memórias. Espero que todos se encantem como eu me encantei. A ideia não é se apegar aos objetos mas olhá-los com outros olhos, valorizar as coisas mais simples que estão à nossa volta e que podem trazer um significado grandioso para as nossas vidas.
Este é um lugar americado de juta rendada que tenho, adoro e havia utilizado como primeira página do livro, até me dar conta de que a minha linda panela de cobre ainda não havia dado as caras em nenhuma página.
Depois de alguns dias com o livro encerrado e revisado, me dei conta de que minha linda panelinha de cobre não havia aparecido em nenhuma foto, nem na dos doces que preparo com ela. Resolvi fotografá-la sozinha e colocá-la no início do livro, tornou-se a primeira página. Ela é linda e muito brasileira, faz parte da nossa cozinha e da nossa tradição, me faz lembrar das doceiras tradicionais do interior de Minas e isto dá a qualquer peparo um sabor muito especial, fiz questão de inseri-la com muito carinho no livro. Achei muito sugestivo e afetuoso começar a edição com uma panela vazia, faz muito sentido com as coisas que foram ditas depois.
AMOR NAS ENTRELINHAS. Todas as texturas foram fotografadas dentro de casa e fazem parte do meu acervo pessoal e afetivo de toalhas de mesa, panos de copa, móveis, jogos americanos... A ideia foi deixar o livro ainda mais pessoal e enriquecê-lo com objetos afetivos que trazem ainda mais memória e amor para a obra. A textura acima aparece nas primeiras páginas, é de uma toalha de mesa que ganhei de presente da minha mãe quando me casei em 2010. É muito amor envolvido em cada pedacinho e em cada clique. Não é pra ser amor suficiente, é pra transbordar!
Esta textura é de um lugar americano que utilizo na minha bandeja de café. Ela é naturalmente azul clara, mas eu dei um ar envelhecido para colocar numas das primeiras páginas do livro, perto das receitas da minha mãe escritas à mão com o papel amarelado. Foi a mesma textura que utilizei para o marcador de livro que fiz para presentear as pessoas que comprarão o livro (foto abaixo).
No verso do marcador escrevi: que o amor seja sempre o melhor tempero e a maior de todas as inspirações. Que assim seja! Os primeiros compradores receberão um kit com pano de prato, colher de pau, marcador e ecobag. Foi uma forma carinhosa que encontrei de convidar todos a irem para a cozinha compartilhar bons momentos com as pessoas que amam.
Lugares americanos que adoro e utilizo no dia a dia nas refeições com meu marido. Usei esta foto para encerrar o livro. A vida continua e as refeições dentro de casa também, o amor e a construção da nossa história são feitas todos os dias, em cada mínimo detalhe. Vamos em frente, com amor! ♥