PAVLOVA

Primeira vez que resolvi fazer este doce tão lindo e colorido. Sua origem é incerta, dizem que foi na Austrália ou Nova Zelândia e foi feito por um chef para a bailarina russa Anna Pavlova, provavelmente em 1926. Há uma certa discussão com relação à origem e ao país que o inventou, mas o fato é que fora do Brasil este doce é um sucesso e quase presença garantida nas mesas de Natal.

Eu tive que fazer duas vezes e foi muito frustrante pois o merengue deve descansar por pelo menos seis horas antes de ser manipulado. Na confeitaria é assim: se você não respeita uma etapa no processo, você vai se dar mal e ponto final. O merengue deve ser aberto em cima de papel manteiga para ir ao forno e eu resolvi colocar o meu direto em cima do Silpat. Não deu certo, claro. Ela estava linda, alta e inteira, e eu simplesmente não consegui transferi-la para a travessa. Conclusão: comecei a fazer outra quase às nove da noite, esperei até quase onze para desligar o forno e fui dormir. A segunda ficou mais baixa e quebradiça já dentro do forno e cresceu muito, mas desta vez fiz em cima do papel manteiga e consegui transportá-la para a tábua onde queria servir. Cobri com creme chantilly, uvinhas pretas e geleia de framboesa e romã. Queria morangos mas não tinha no mercado, teria ficado com uma cor mais vibrante e alegre, mas ficou deliciosa com as uvinhas puras também. A pavlova é bastante doce por causa do merengue, então é essencial que seja coberta por um creme mais azedinho como chantilly, iogurte, cream cheese, etc. As frutas cítricas são sempre muito bem-vindas também. 


Esta foi a primeira que fiz e estava linda, mas cadê o papel manteiga embaixo? 
Ela é super delicada e na hora da ogrinha mexer, desmanchou toda.





Achei este visual ótimo para um Halloween, não acham?!




Merengue
200g claras em temperatura ambiente (cerca de 6 a 7 claras)
300g açúcar de confeiteiro ou refinado
1 col sopa vinagre branco ou suco de limão
1 pitada de sal
2 col sopa amido de milho 

Obs: você pode utilizar o açúcar impalpável que já contém amido, neste caso descarte este ingrediente da receita.

Bata as claras com a pitada de sal em velocidade média na batedeira até formar picos firmes, depois acrescente o açúcar e bata por mais 7 a 8 minutos, até que não reste nenhum cristalzinho de açúcar e o merengue fique bem liso. Acrescente o vinagre ou suco de limão e o amido de milho e bata só para misturar.

Em um tabuleiro, coloque um pedaço de papel manteiga (por favor, não faça com eu! Lembre-se de colocar o papel!) e faça uma marcação com caneta ou lápis de um disco com cerca de 23cm. Coloque o merengue e acompanhe o desenho do círculo. Tente deixar a base da pavlova alta com uma depressão no meio para colocar o recheio depois com creme de chantily e as frutas. Veja as primeiras fotos que coloquei pra você se guiar. Se quiser, dê uma olhada no Google imagens pois há vários formatos diferentes para a Pavlova. Alguns fazem discos baixos e a montam em camadas, também fica bem bacana. Veja o formato que prefere e monte seu merengue assim. Se tiver forno de convecção, leve ao forno pré-aquecido a 120º por cerca de uma hora de meia a duas horas, até que a parte externa do merengue fique bem desidratada mas ele continue macio por dentro. Se for usar o forno convencional como o meu, coloque em 160º (que é a menor temperatura possível) e apoie uma colher de pau na porta para não deixar o forno completamente fechado. Depois do tempo de assar, verifique se o merengue está bem desidratado, desligue o forno e deixe o merengue lá dentro até esfriar, por cerca de duas horas. 

Transfira o merengue para onde irá servir, cubra com creme chantily (creme de leite fresco bem gelado e batido com um pouco de açúcar) ou creme fouettée (creme de leite fresco batido sem açúcar), frutas cítricas e geleia. Sugestão de coberturas clássicas: morango e kiwi, banana e maracujá, framboesa com mirtilos e pêssegos, etc. Em vez de colocar chantilly você também pode bater cream cheese com um pouco de creme de leite fresco, um pouquinho de açúcar e acrescentar gotas e raspas de limão siciliano, também fica azedinho e uma delícia para quebrar o doce do merengue. Divirta-se!

Fiz outra pavlova pro aniversário do meu marido, ele amou esta e pediu pra fazer novamente. Desta vez fiz uma média e algumas miniaturas e achei muito prático, se quiser dar uma olhada clique aqui

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